CONHEÇA MAIS FERNANDO SPENCER
Fernando Spencer foi o escolhido para ser homenageado por nossa UTEC. Mas você sabe quem foi ele e qual a sua importância para o cinema pernambucano? Vamos lá!
Fernando José Spencer Hartmann nasceu em Recife, em 17 de janeiro de 1927.
Desde criança ele despertou interesse pelo cinema, quando assistia a sessões de filmes mudos de Chaplin e O Gordo e o Magro. Na adolescência fez amizade com o zelador do cinema Ellite (que funcionava em Casa Forte), e conseguia assistir aos filmes de graça em troca de limpezas feitas no recinto após as sessões.
Já adulto se dedicou a filmar com sua Super 8 o cotidiano e a memória do Estado e prestou homenagem ao Ciclo do Recife fazendo alguns documentários, dentre eles "Memorando Ciclo do Recife", de 1982. Ele também filmou índios xucurus do município de Pesqueira em 1976 e se dedicou a adaptações de obras literárias para os filmes. Foram mais de trinta filmes e documentários que ele iniciou na década de 60.
No seu currículo estão a coordenação da cinemateca da Fundação Joaquim Nabuco vinte anos, cronista pelo Diário de Pernambuco, para onde escreveu por mais de 40 anos, além de ter sido diretor da Divisão de Teatro e Cinema da Secretaria de Cultura do Recife, durante a década de 70.
Reconhecendo a sua importância para o cinema não só pernambucano mas nacional, ele recebeu em 2007 o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.
Fernando faleceu em 17 de março de 2014 aos 87 anos. Sua família pretende abrir uma fundação em sua memória.
Filmes
Caboclinhos do Recife (Super-8, 10m), melhor filme do I Festival Brasileiro de Cinema Super 8, Curitiba, PR, 1974.
Valente é o galo (Super-8, 10 m),, melhor filme da III Jornada Brasileira de Curta Metragem da Bahia, 1974;
Bajado – um artista de Olinda (Super-8, col., 10 m), 1975;
O teu cabelo não nega (Super-8, col., 10 m), 1975;
Domingo de fé (Super-8, col., 10 m., 1976),
Quem matou Marilyn, melhor montagem do IV Festival de Cinema Nacional de Sergipe, 1976;
Toré a Nossa Senhora das Montanhas (Super-8, col., 10 m), melhor fotografia do IV Festival de Cinema Nacional de Sergipe, 1976;
Farinhada (Super-8, col., 10 m), 1977;
A eleição do Diabo e a posse de Lampião no Inferno (Super-8, col., 10 m), 1977;
Frei Damião: um santo no Nordeste? (Super-8, col., 10 m), 1977;
Adão foi feito de barro (16 mm., col., 13 m), 1978. Ampliado para 35 mmpor haver sido selecionado pelo Conselho Nacional de Cinema – CONCINE, RH positivo, melhor direção do Festival de Cinema do departamento Cultural do Centro Médico Cearense;
As corocas se divertem, melhor filme de comunicação e 2º melhor filme do VI Festival Nacional de Cinema de Sergipe, 1978;
Noza - santeiro do Carirí (16 mm., col., 10 m.), selecionado pelo CONCINE, Prêmio: Argumento, FUNARTE, 1979;
Cinema Glória, 3º lugar no VII Festival Nacional de Sergipe, 1979 (em parceria com Feliz Filho);
Eróticos Corbinianos, melhor filme na V Jornada de Cinema do Maranhão, 1981;
Santa do Maracatu (16 mm., col., 10 m), melhor filme e melhor montagem do IX Festival de Cinema Nacional de Sergipe, 1981;
Memorando Ciclo do Recife, melhor filme do concurso da TV Tropical, Recife, 1982;
Estrelas de celulóide, prêmio especial do Júri (Candango de Ouro) no XX Festival Brasileiro de Cinema de Brasília, 1987;
O último bolero no Recife, prêmio da Fundação de Cultura do Recife no I Concurso de Roteiro de Cinemas e Vídeo, 1987;
Trajetória do frevo (35 mm., col., 9 m), prêmio da Fundação de Cultura do Recife no I Concurso de Roteiro de Cinema e Vídeo, 1987;
Evocações Nelson Ferreira, melhor filme na Jornada Latino-Americana de Cinema e Vídeo, Maranhão, 1987. Melhor filme do III Festival de Cinema dos Países de Língua Portuguesa, Aveiro, Portugal, 1988 (em parceria com Flávio Rodrigues);
A arte de ser profano (vídeo, 14 m), sobre os pastoris profanos de Pernambuco, 1999.
Almery, a estrela (vídeo digital), com o apoio da Diretoria de Cultura, da Fundação Joaquim Nabuco, lançado no Recife, em abril de 2007.
Para maiores informações visite o site feito em homenagem ao mestre: http://fernandospencer.com/
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